sexta-feira, 9 de setembro de 2011

VERMES ACHATADOS E CILINDRICOS

NEMALTELMINTOS E PLATELMINTOS
 Apesar de os fósseis dos platelmintos, nematelmintos e anelídeos serem relativamente muito raros, calcula-se que esses animais surgiram provavelmente entre 1 bilhão e 600 milhões de anos atrás.
            Quando esses invertebrados apareceram, a erosão dos continentes deu origem a uma grande camada de sedimentos no fundo dos mares. Isso teria propiciado uma grande quantidade de alimento e um ótimo esconderijo para esses seres.
            Os platelmintos são seres de corpo achatado; daí o nome do grupo: platelmintos (platy = "achatado"; helmintos = "verme"). Esses animais compreendem mais de 15.000 espécies. São principalmente aquáticos, vivendo nos mares, em córregos, lagos e pântanos ou em ambientes terrestres úmidos, arrastando-se no chão sobre um muco que produzem na parte ventral do corpo. Alguns tem vida livre, outros parasitam animais diversos, principalmente vertebrados.
            Medindo desde alguns milímetros até alguns metros de comprimento, os platelmintos possuem tubo digestivo incompleto, ou seja, tem apenas uma abertura: a boca - através do qual tanto entram os alimentos como saem as fezes; portanto, não possuem ânus. Alguns nem tubo digestivo tem e vivem adaptados à vida parasitária, absorvendo, através da pele, o alimento previamente digerido pelo hospedeiro.
            O corpo dos platelmintos apresenta as seguintes regiões:
  • uma extremidade anterior onde se localizam a cabeça e os órgãos dos sentidos, incluindo células visuais agrupadas em ocelos;
  • uma extremidade posterior ou caudal;
  • um lado dorsal, ou seja, a parte de cima do corpo;
  • um lado ventral, ou seja, a parte de baixo do corpo.
            Dependendo das características que apresentam, os platelmintos estão divididos em grupos. Segue estudo sobre as planárias, as tênias e o esquistossomo como representantes desses grupos.
            A planária faz parte de um grupo de platelmintos chamado turbelários. Tem o corpo achatado, semelhante a uma folha alongada. Podemos encontrá-la vivendo em córregos, lagos e lugares úmidos. Apresenta cílios no ventre que auxiliam a locomoção. Alimenta-se de moluscos, de outros vermes e de cadáveres de animais maiores.
            A planária adulta é hermafrodita, isto é, apresenta tanto o sistema reprodutor masculino quanto o feminino. Quando duas planárias estão sexualmente maduras e se encontram, elas copulam. Após a troca de espermatozóides, os animais se separam e os ovos formados são eliminados para o meio externo. No interior de cada ovo encerrado em cápsulas desenvolve-se um embrião, que se transforma numa jovem planária.
            As planárias podem também se reproduzir assexuadamente, simplesmente dividindo-se em duas partes. Cada uma das partes se desenvolve e dará origem a uma nova planária. Possuem, ainda, uma grande capacidade de regeneração. Cortando-se o animal em alguns pedaços, cada um deles pode dar origem a uma planária inteira.
            Popularmente conhecidas por solitárias, as tênias fazem parte de um grupo de platelmintos chamados cestóides. Podendo atingir até oito metros de comprimento, as tênias são vermes parasitas, que vivem na carne do porco ou do boi e no intestino do homem.
            Existem dois tipos de tênia: a Taenia solium, que parasita o porco e o homem, e a Taenia saginata, que parasita o boi e o homem.
TENIASE
A teníase é uma doença causada pela tênia, um platelminto da Classe Cestoda, representada por parasitas intestinais. Em razão deste modo de vida, esses indivíduos não possuem sistema digestório, uma vez que absorvem nutrientes digeridos pelo hospedeiro.

Usualmente, consideramos duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, parasitando bovinos. Ambas possuem corpo dividido em vários anéis denominados proglótides e na extremidade anterior, denominada escólex, há presença de ventosas que auxiliam na fixação do animal. A Taenia solium, possui nesta região, ainda, ganchos cujo conjunto é denominado rostro, auxiliando também na fixação.
As tênias são hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e feminino.No ciclo da teníase, o animal humano é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados hospedeiros intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda. Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospedeiros. 
 
CISTICERCO


A cisticercose é causada pela ingestão acidental dos ovos da Taenia solium: platelminto que tem como hospedeiros intermediários os suínos. Indivíduos com teníase, por possuírem em seu organismo a forma adulta da tênia, liberam ovos destes animais, juntamente com suas fezes, podendo contaminar a água ou mesmo alimentos ou mãos. Assim, ao se ingerir os ovos da T. solium, este parasita se encaminha do trato digestório à corrente sanguínea, e se aloja em órgãos como cérebro, olhos, coluna ou músculos.

A gravidade da doença depende muito da região infestada. Um cisticerco localizado no cérebro, por exemplo, pode causar dores de cabeça, convulsões, confusão mental e até morte sendo, obviamente, o caso clínico mais grave. Alojada na coluna e região muscular, causa dor e dificuldades de locomoção e na região ocular, distúrbios visuais e até cegueira.

período de incubação da doença varia entre 15 dias a anos após a infecção, podendo também, nunca se manifestar. O tratamento varia de acordo com a localização dos cisticercos, período de contaminação e estado de saúde do paciente.

ASCARIDIASE


Ciclo do Ascaris lumbricoides.
A ascaridíase é o resultado da infestação do helminto Ascaris lumbricoides no organismo, sendo mais frequentemente encontrado no intestino. Aproximadamente 25% da população mundial possui estes parasitas, sendo tais ocorrências típicas de regiões nas quais o saneamento básico é precário.

Este patógeno, conhecido popularmente como lombriga, tem corpo cilíndrico e alongado, e pode chegar até 40 centímetros de comprimento. Fêmeas são maiores e mais robustas que os machos; e estes apresentam a cauda enrolada. Surpreendentemente, um único hospedeiro pode apresentar até 600 destes indivíduos.

contaminação por ele se dá pela ingestão de seus ovos, geralmente encontrados no solo, água, alimentos e mãos que tiveram um contato anterior com fezes humanas contaminadas.

AMCILOSTOMIASE

Os vermes adultos alcançam aproximadamente um centímetro de comprimento sendo que as fêmeas são um pouco maiores que os machos. Possuem o corpo cilíndrico, rígido, somente afilado nas extremidades.  Os machos apresentam na extremidade posterior uma expansão chamada de bolsa copuladora. Na porção anterior encontramos a cápsula bucal, que permite a distinção entre os dois parasitas.
As formas de transmissão desta verminose acontecem por penetração ativa das larvas filarióides infestantes na pele ou mucosas, principalmente nas regiões dos pés, pernas, nádegas e mãos, como também pela ingestão das larvas junto com os alimentos.
Infectado pelo parasita, o indivíduo apresentará os seguintes sintomas:
  • Lesão Cutânea: Hipersensibilidade com irritação local, prurido, edema. Ocorre na parte superior dos pés, nas pernas, nádegas e regiões interdigitais.
  • Lesão pulmonar: Presença de focos hemorrágicos (onde as larvas perfuram as paredes alveolares), edema e presença de líquido na luz alveolar. O indivíduo apresenta um quadro semelhante à pneumonia, com tosse,febre, etc.
  • Lesão da mucosa intestinal e espoliação sanguínea: Vermes se alimentam de sangue e dilaceram a mucosa intestinal ocasionando pequenas hemorragias. Estabelecem uma anemia de evolução lenta acompanhada de perturbações e cólicas abdominais.
  • Em crianças ainda podem ocorrer diminuição ou perversão do apetite (comer terra), retardamento físico e mental, e ainda consequências como dificuldade de aprendizagem escolar e a debilidade orgânica generalizada.

MOLUSCOS


Omoluscos (do latim molluscus, mole) constituem um grande filo de animais invertebrados, marinhos, de água doce ou terrestres, que compreende seres vivos como os caramujos, as ostras e as lulas.
Tais animais têm um corpo mole e não-segmentado, muitas vezes dividido em cabeça (com os órgãos dos sentidos), um  muscular e um manto que protege uma parte do corpo e que muitas vezes secreta uma concha. A maior parte dos moluscos são aquáticos, mas existem muitas formas terrestres como os caracóis.
biologia dos moluscos é estudada pela malacologia, mas as conchas - ainda do ponto de vista biológico, não do ponto de vista dos coleccionadores - são estudadas pelos concologistas.
O filo Mollusca é o segundo filo com a maior diversidade de espécies, depois dos Artrópodes, (cerca de 93 000 espécies viventes confirmadas[1] e até 200 000 espécies viventes estimadas[2], e 70 000 espécies fósseis[3]) e inclui uma variedade de animais muito familiares. Essa popularidade deve-se, em grande parte, às conchas desses animais que servem como peças para coleccionadores. O filo abrange formas tais como as ostras, as lulas, os polvos e oscaramujos.
Os moluscos são variados e diversos, incluindo várias criaturas familiares conhecidas pelas suas conchas decorativas ou como marisco. Variam desde os pequenos caracóis e amêijoas até ao polvo e à lula (que são considerados os invertebrados mais inteligentes). A lula-gigante é possivelmente o maior invertebrado, e, exceptuando as suas larvas e, para além de alguns espécimes jovens recentemente capturados, nunca foi observada viva. A lula-colossalpoderá ser ainda maior.Uma lula-colossal foi encontrada congelada por pescadores.O comprimento da lula chegou a aproximadamente catorze metros e pesando cerca de 450 quilos.
Possuem um sistema digestivo completo (da boca ao ânus). Os gastrópodes e os cefalópodes apresentam uma estrutura chamada rádula, formada por dentículos quitinosos que raspam o alimento.
Os bivalves apresentam um estilete cristalino, responsável por colaborar na digestão ao libertar enzimas digestivas.

A CONCHA E AS PEROLAS

As pérolas perfeitas são muito raras e por estarem ocultas no interior das conchas, tornaram-se o símbolo do conhecimento velado e da sabedoria esotérica. São mencionadas, ao longo de milênios, na mística, na religião, na arte, folclore e literatura dos mais diferentes povos.
A cosmogonia dos Ahl-i Haqq, os Fiéis da Verdade no Irã, prega que no início não havia na Existência nenhuma criatura além da Verdade Suprema, única, viva e adorável. Ela morava na pérola onde ocultava sua essência. As ondas do mar a tudo guardavam

Pérola dos sonhos
Num célebre escrito gnóstico há uma passagem que compara a busca da pérola à da salvação do homem, o seu drama espiritual. Ao encontrar a pérola, o gnóstico completa a tarefa de sua vida. É necessário grande esforço para o conseguir, assim como à verdade e ao conhecimento, pois a pérola se esconde na concha, a concha está no fundo do mar e o mar coberto por ondas.

ANELIDEOS

 
O solo é uma parte da biosfera geralmente repleta de vida. Muitos dos seres vivos que habitam o interior do solo não são visíveis a olho nú, mas há outros que podem ser vistos com facilidade. Um exemplo é a minhoca. Ela vive em solo úmido, como é, geralmente, o solo fértil que serve como canteiro (de horta ou jardim).
minhoca pertence ao filo dos anelídeos - nome que inclui vermes com o corpo segmentado, dividido em anéis. Os anelídeos compreendem cerca de 15 mil espécies, com representantes que vivem no solo úmido, na água doce e na água salgada. Podem ser parasitas ou de vida livre.

Características gerais dos anelídeos
Além da minhoca, existem várias espécies de anelídeos. Podemos citar animais pequenos - como asanguessuga, que pode medir apenas alguns milímetros de comprimento - e também animais de grande porte - como o minhocuçu, que atinge dois metros.

SANGUESSUGAS E A MEDICINA

Uma sanguessuga é um anelídeo da Classe Hirudinea (antigamente chamados aquetas, ou seja sem sedas,contrariamente às outras classes do seu Filo) que se alimenta de sangue de outros animais (hematófago). São animais hermafrodita|hermafroditos, não possuem cerdas e possuem ventosas para sua fixação. São assim chamados por produzirem uma substância anticoagulante denominada hirudina. Existem mais de 500 espécies. No estado brasileiro do Rio Grande do Sul estes animais são popularmente chamados de "chamichungas".

ARTROPODOS

Os artrópodos são animais triblásticos celomados, com um padrão de segmentação evidente, embora nem tanto quanto os anelídeos. Com variações de uma classe para outra, eles apresentam dois, três ou dezenas de segmentos corporais. Apresentam simetria bilateral.
O padrão segmentado também é notório nas patas, todas com porções bastante individualizadas. Os segmentos que compõem as patas são unidos por articulações que facilitam a movimentação de um segmento em relação a outro.
A cavidade celomática é muito reduzida, e a distribuição de materiais depende quase que exclusivamente do sistema circulatório.
Evolutivamente, é provável que tenha havido relação evolutiva entre os ancestrais dos artrópodos e dos anelídeos, em função de algumas semelhanças existentes entre esses dois grupos de animais, tais como a segmentação, a presença de uma epiderme secretora de quitina, a estrutura dos sistemas nervoso e digestivo, etc.

3. Classificação
O filo dos artrópodos, em função da grande quantidade e diversidade de espécies, é subdividido em numerosas classes, das quais as mais importantes são:
a) Classe Insecta: os insetos são os mais numerosos e diversificados de todos os artrópodos, com cerca de 850 000 espécies conhecidas e descritas. Possuem o corpo dividido em três segmentos: cabeça, tórax e abdome. Apresentam, na cabeça, um par de antenas e, no tórax, três pares de patas. Em muitas das ordens de insetos, há representantes dotados de asas. Exemplos: baratas, besouros, moscas, cigarras, mariposas, etc.

b) Classe Crustacea: são habitualmente aquáticos (marinhos ou de água doce), embora existam espécies terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. Seu corpo é dividido em duas partes (cefalotórax eabdome), têm dois pares de antenas e um número variável de pares de patas, geralmente superior a quatro. Exemplos: siris, caranguejos, lagostas, camarões, etc.

c) Classe Arachnida: são artrópodos dotados de quatro pares de patas, desprovidos de antenas e com o corpo dividido em dois segmentos (cefalotórax e abdome). Na extremidade anterior do cefalotórax, possuem um par de quelíceras, que atuam como presas. Exemplos: aranhas, escorpiões, ácaros, carrapatos, etc.

d) Classe Chilopoda: quilópodos são animais com o corpo alongado e dividido em dezenas de segmentos. Em cada segmento, encontram-se um par de patas. Na cabeça, apresentam um par de antenas. Exemplos: centopéias e lacraias.

e) Classe Diplopoda: assim como os quilópodos, os diplópodos possuem um par de antenas e o corpo alongado, mas com dois pares de patas em cada segmento. Exemplo: centopéia.



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

CIÊNCIAS

INVERTEBRADOS

O grupo dos invertebrados inclui 97% de toda a espécie animal, exceto o dos vertebrados (peixes, répteis, anfíbios, pássaros e mamíferos).

Uma característica comum a todos os invertebrados é a ausência da espinha dorsal. Como exemplo, podemos citar as
esponjas (que apesar de nem sempre se enquadrarem nesta categoria, continuam a fazer parte deste grupo).

Além da ausência de espinha dorsal, há ainda outras características comuns a estes seres, como:

· formação multicelular (grupos diferentes de
células compõem este organismo)
· ausência de parede celular (pois são formados por célula animal)
· com exceção das esponjas, possuem tecidos como resultado de sua organização celular
· sua reprodução geralmente é sexuada (gametas masculinos e femininos se combinam para formar um novo organismo)

De forma geral, podemos dizer que a grande maioria dos invertebrados é capaz de se locomover. Contudo, as esponjas somente realizam esta tarefa quando elas ainda são bem jovens e pequenas. Já as lagostas e os
insetos são capazes de se movimentar durante toda sua existência.

Diferentemente dos vegetais (que produzem sua própria energia através da
fotossíntese), os invertebrados necessitam extrair a energia necessária para sua sobrevivência através de outros seres. Para isso, eles se alimentam de seres autótrofos (vegetais) e heterótrofos (animais).