-O que é solo

-Qualidade do solo
A qualidade do solo é definida como a capacidade deste de funcionar dentro do ecossistema para sustentar a produtividade biológica, manter a qualidade ambiental e promover a saúde das plantas e animais (Doran & Parkin, 1994). Outras definições para a qualidade do solo foram descritas: “capacidade de um tipo específico de solo funcionar como ecossistema natural ou manejado para sustentar a produtividade animal e vegetal, manter a qualidade da água e do ar e suportar o crescimento humano (Karlen et al., 1997); “condição do solo relativa aos requerimentos de uma ou mais espécies biológicas e/ou de algum propósito humano (Johnson et al., 1997) “capacidade do solo de sustentar a diversidade biológica, regular o fluxo de água e solutos, degradar, imobilizar e destoxificar compostos orgânicos e inorgânicos e atuar na ciclagem de nutrientes e outros elementos (Seybold et al., 1998).
-O bom uso do solo
Evitar o desmatamento continua sendo a melhor estratégia para minimizar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) em regiões como o Estado de Mato Grosso, onde a fronteira agrícola avança sobre o Cerrado. Mas o manejo agrícola e o uso adequado do solo também podem contribuir consideravelmente para um futuro com menos emissões.
As conclusões são de um estudo realizado por pesquisadores brasileiros e norte-americanos que, utilizando um modelo biogeoquímico, fizeram uma estimativa dos impactos das emissões de GEE até 2050 em diferentes cenários de desmatamento e de usos do solo na fronteira agrícola de Mato Grosso.
-Problemas na ocupação dos solos
Uma rocha qualquer, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo, adquire maior
porosidade e, como decorrência, há penetração de ar e água, o que cria condições propícias
para o desenvolvimento de formas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer
matéria orgânica à superfície do solo, aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo
é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica, formando um manto de
intemperismo que recobre superficialmente as rochas da crosta terrestre.
A matéria orgânica, fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se
concentrada apenas na camada superior do solo. Essa camada é chamada de horizonte A, o
mais importante para a agricultura, dada a sua fertilidade. Logo abaixo, com espessura variável
de acordo com o clima, responsável pela intensidade e velocidade da decomposição da rocha,
encontramos rocha intemperizada, ar e água, que formam o horizonte B. Em seguida,
encontramos rocha em processo de decomposição – horizonte C – e, finalmente, a rocha
matriz – horizonte D -, que originou o manto de intemperismo ou o solo que a recobre. Sob as
mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado à sua
constituição mineralógica: do basalto, por exemplo, originou-se a terra roxa; do gnaisse, o solo
de massapê, e assim por diante.
É importante destacar que solos de origem sedimentar, encontrados em bacias
sedimentares e aluvionais, não apresentam horizontes, por se formarem a partir do acúmulo de
sedimentos em uma depressão, e não por ação do intemperismo, mas são extremamente
férteis, por possuírem muita matéria orgânica.
O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste,
que ocorre em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação.
Os fragmentos intemperizados da rocha estão livres para serem transportados pela
água que escorre pela superfície (erosão hídrica) ou pelo vento (erosão eólica). No Brasil, o
escoamento superficial da água é o principal agente erosivo e, sendo o horizonte a o primeiro a
ser desgastado, a erosão acaba com a fertilidade natural do solo.
A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento
superficial da água: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água de
transportar material em suspensão; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação.
A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da
cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos
obstáculos (raízes, troncos, folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em
uma área desmatada, a velocidade de escoamento superficial é alta e a água transporta muito
material em suspensão, o que intensifica a erosão e diminui a quantidade de água que se
infiltra no solo.
Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto
por vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em
curvas de nível, seja seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em
terraços.
Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam
com a matéria orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se
utilizar essa prática para combater pragas ou doenças.
Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices
pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que
se infiltra no solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, levando
os sais minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo.
Essa "lavagem" chama-se lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou
surgimento de uma crosta ferruginosa, a laterita – popularmente chamada de canga no interior
do Brasil - , que em certos casos chega a impedir a penetração das raízes no solo.
porosidade e, como decorrência, há penetração de ar e água, o que cria condições propícias
para o desenvolvimento de formas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer
matéria orgânica à superfície do solo, aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo
é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica, formando um manto de
intemperismo que recobre superficialmente as rochas da crosta terrestre.
A matéria orgânica, fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se
concentrada apenas na camada superior do solo. Essa camada é chamada de horizonte A, o
de acordo com o clima, responsável pela intensidade e velocidade da decomposição da rocha,
encontramos rocha intemperizada, ar e água, que formam o horizonte B. Em seguida,
encontramos rocha em processo de decomposição – horizonte C – e, finalmente, a rocha
matriz – horizonte D -, que originou o manto de intemperismo ou o solo que a recobre. Sob as
mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado à sua
constituição mineralógica: do basalto, por exemplo, originou-se a terra roxa; do gnaisse, o solo
de massapê, e assim por diante.
É importante destacar que solos de origem sedimentar, encontrados em bacias
sedimentares e aluvionais, não apresentam horizontes, por se formarem a partir do acúmulo de
sedimentos em uma depressão, e não por ação do intemperismo, mas são extremamente
férteis, por possuírem muita matéria orgânica.
O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste,
que ocorre em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação.
Os fragmentos intemperizados da rocha estão livres para serem transportados pela
água que escorre pela superfície (erosão hídrica) ou pelo vento (erosão eólica). No Brasil, o
escoamento superficial da água é o principal agente erosivo e, sendo o horizonte a o primeiro a
ser desgastado, a erosão acaba com a fertilidade natural do solo.
A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento
superficial da água: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água de
transportar material em suspensão; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação.
A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da
cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos
obstáculos (raízes, troncos, folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em
uma área desmatada, a velocidade de escoamento superficial é alta e a água transporta muito
material em suspensão, o que intensifica a erosão e diminui a quantidade de água que se
infiltra no solo.
Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto
por vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em
curvas de nível, seja seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em
terraços.
Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam
com a matéria orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se
utilizar essa prática para combater pragas ou doenças.
Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices
pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que
se infiltra no solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, levando
os sais minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo.
Essa "lavagem" chama-se lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou
surgimento de uma crosta ferruginosa, a laterita – popularmente chamada de canga no interior
do Brasil - , que em certos casos chega a impedir a penetração das raízes no solo.