sexta-feira, 4 de novembro de 2011

ANFÍBIOS

ANFÍBIOS: EVOLUÇÃO TERRESTRE



De acordo com as teorias geralmente aceites, Terra teria tido o início da sua formação há aproximadamente 4,6 bilhões de anos (esse número hoje é calculado com maior exatidão: 4,567 bilhões de anos) através de uma nuvem de gás e poeira (disco protoplanetário) em rotação, que deu origem ao nosso Sistema Solar. A vida começou na terra há pouco mais de 3,5 bilhões de anos[1], no periodo Arqueano, pois se são encontrados vestigios de vida nesse período, sua formação deve ser, necessariamente, anterior.
No começo, tudo na terra era rocha derretida, que, depois de algum tempo, se solidificou e formou a superficíe terrestre. Naquela época havia muitas erupções vulcânicas, e por essa razão, a atmosfera da terra era tóxica. Houve um grande periodo de chuvas, que durou milhões de anos, e as partes de terra que ficaram emersas formaram os continentes.
As primeiras formas de vida do planeta foram os Procariontes, formas de vida unicelares que continham DNA, a molécula fundamental da vida. Depois dos Procariontes, vieram os Eucariontes que já eram mais complexos, continham um núcleo e organelas. Tempos depois, surgiram os vermes achatados e criaturas invertebradas mais complexas, como os Trilobitas. De pequenos seres chamados conodontes, surgiram os peixes, que se tornaram no Devonianoos donos dos mares, e que por alguma razão desconhecida, talvez em busca de alimentos ou para fugir de predadores, começaram a sair para a terra firme, e deram origem aos anfíbios que podiam andar na terra, mas nescessitavam viver em pântanos pois não sobreviviam muito tempo fora da água. Os anfíbios evoluiram aos répteis, que viviam sem dependência da água e dos répteis evoluiram os sinapsídeos, ancestrais dos mamíferos, que permaneceram escondidos durante o longo reinado dos dinossaurosaté se tornarem os donos do mundo.

ANFÍBIOS ATUAIS


A Classe Amphibia constitui um grupo de animais que apresentam uma ampla distribuição geográfica ocupando quase todos os continentes com exceção da Antártica. Fazem parte do grupo os populares sapos, rãs, pererecas, cecílias, salamandras, etc.
Săo animais tetrápodos (dois pares de membros locomotores), no entanto secundariamente pode ocorrer a redução do número de patas, existindo formas ápodes (sem patas). Comparando-se com seus ancestrais Osteichthyes apresentam uma notável redução no número de ossos do crânio, como também no restante do esqueleto. O crânio articula-se com a coluna vertebral através de dois côndilos occipitais. A cauda pode ou não estar presente, na sua ausência ocorre nesta região uma estrutura chamada uróstilo.
A pele dos anfíbios atuais é rica em glândulas mucosas e venenosas. O muco umedece a pele, protegendo-a da dessecação e auxilia na respiração cutânea. As glândulas venenosas produzem alcalóides de elevada toxicidade que atuam sobre o coração, reduzem a respiração, ou atacam o sistema nervoso. O veneno de certas rãs é usado por índios sul-americanos para envenenar suas flechas. Os anfíbios atuais não possuem escamas verdadeiras, sua pele pode possuir as mais variadas colorações, podendo alguns inclusive mudar de cor.
Entre os anfíbios podem ocorrer respirações branquiais, cutâneas, bucofaringeana e pulmonar, podendo atuar conjuntamente dois ou três mecanismos. Os girinos  respiram através de brânquias, que podem ser internas ou externas. Geralmente após a metamorfose as brânquias atrofiam e há um maior desenvolvimento dos pulmões. A respiração cutânea ocorre nas formas adultas e jovens. No entanto, existem adultos sem pulmões, onde predomina a respiração cutânea.
Girinos se alimentam de algas e restos de animais e vegetais mortos. A alimentação dos adultos é quase exclusivamente carnívora e inclui desde pequenos moluscos, artrópodes e pequenos vertebrados até mamíferos.
Como os ovos dos anfíbios são destituídos de casca para proteção contra a perda de água, na sua grande maioria estes necessitam de ambientes úmidos ou aquáticos para a deposição de seus ovos, no entanto, existem formas cujo desenvolvimento é direto. Entre os sapos, răs e pererecas, de modo geral, durante o período reprodutivo o macho abraça a fęmea (comportamento denominado amplexo) e libera seu esperma sobre os óvulos depositados pela fęmea na água. Portanto, geralmente a sua fecundaçăo é externa, enquanto nas salamandras e cecílias geralmente é interna.



REPRODUÇÃO

Os anfíbios,  que em latim tem significado vida dupla, são seres vivos que durante a sua vida passam por duas fases: uma terrestre e outra aquática (daí o termo em latim “vida dupla”), por isso, na época da reprodução , eles retornam ao ambiente aquático onde machos e fêmeas se unem. São animais de sexos separados (dióicos) e geralmente possuem dimorfismo sexual claramente visível.
ovos salamandraanfibios2reprodução dos anfíbios é uma característica que os sujeita a dependência da água, e é uma reprodução sexuadapor fecundação externa, podendo haver fecundação interna. Os ovos, sem casca (e por este motivo necessitam da água para proteger os ovos de radiação solar e choques mecânicos), que apenas possui uma envoltória cápsula gelatinosa, só se mantém vivos em meio aquático.

AMEAÇA AOS ANFÍBIOS

Eles têm má fama e assustam muita gente, mas são extremamente importantes para o meio ambiente. Os anfíbios são uma das espécies que mais têm diminuído na natureza. Seu grande declínio tem assustado pesquisadores, que alertam sobre o efeito que a diminuição da população de anfíbios pode acarretar no meio ambiente. Segundo os especialistas, a extinção de espécies tem sido especialmente grave em países como Brasil, Equador, Panamá, México, Costa Rica, Colômbia e Venezuela.

Uma recente avaliação global – publicada em julho do ano passado na prestigiada publicação científica Science – revelou que um terço das 5.743 espécies de anfíbios conhecidas está ameaçado de extinção. Os principais fatores que ameaçam a sobrevivência da espécie são as alterações climáticas, a destruição do habitat e doenças (causadas geralmente pela poluição ou por alterações em seu habitat, como inserção de espécies estranhas em seu habitat natural). 

Segundo o mesmo relatório, desde 1980 desapareceram pelo menos 122 espécies de batráquios (sapos, rãs, pererecas e salamandras, os mais ameaçados dos anfíbios). A velocidade da redução também é alarmante, e 427 espécies de anfíbios (7,4% de todas as existentes) estão na iminência de não existirem mais num futuro bem próximo.

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